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Federação promove live sobre categorias de base

Procurando trazer à tona discussões sobre a modalidade, a Federação de Futebol do Mato Grosso do Sul, promoveu no último sábado(06), uma Live com o tema Sem base não há profissional.

Participaram como convidados o Presidente da SERC João Felix, o Presidente do Grêmio Santo Antonio Fernando Caneppele e André Chita, ex-gestor do Emirates Club.

Com a participação de pais, dirigentes, atletas e técnicos, vários assuntos foram discutidos e com opiniões distintas, foram apresentadas três perguntas básicas:

1 – Qual a diferença da nossa categoria de base e a dos Estados mais desenvolvidos?

2 – Porque nossos jogadores não são aproveitados na categoria profissional?

3 – Nossos dirigentes estão preparados para desenvolver as categorias de base?

Dentro dessas discussões foram apresentados alguns cenários:

– Em MS não existe nenhuma equipe que desenvolva um trabalho de forma profissional nas categorias de base, visando a cadeia de produção de um atleta de futebol;

– A falta de intercâmbio com grandes equipes aumenta a distância técnica, tática e física com os grandes clubes;

– A capacitação de profissionais ainda é muito aquém daquilo que se pratica em centros mais desenvolvidos, ficando defasado o nível de aprendizado dos atletas;

– Falta de estruturas físicas compatíveis com as necessidades do futebol, não existindo Centro de Treinamento com gramados adequados, fisioterapia para prevenção e recuperação e núcleos médicos, psicológicos e de nutrição;

– Dirigentes sem uma visão empresarial de clube, considerando a base como gerador de despesa e não de receita;

– Ter e cumprir um calendário anual com todas as categorias, aumentando as horas de jogo de cada atleta;

– Promover no estado, uma competição tradicional, onde equipes nacionais possam participar, interagindo com os nossos atletas, melhorando os aspectos defasados;

– Gerar capacitação para os times se transformarem em clubes formadores.

Nas discussões foi concluído que a realidade do estado é a prática do futebol social onde o garoto ou garota, se mobilizam para pequenos ensinamentos, por duas ou três vezes na semana, sem um comprometimento de vivenciar todos os dias experiências cotidianas que uma formação adequada exige.

“Acredito que são essas discussões que promovam o desenvolvimento de nossa modalidade. Entender onde estamos, nos ajudará a traçar o caminho para onde desejamos chegar.

Às vezes, entender as derrotas nos levam a grandes vitórias e em Mato Grosso do Sul precisamos urgentemente começar a discutir nossas necessidades.

Podemos integrar o núcleo de grandes clubes, mas devemos antes de tudo entender que sem as categorias de base, não teremos um grande futebol profissional”, disse o mediador da LIVE, Marco Tavares.